IRC



BRUNO MAGALHÃES EM QUARTO NO IRC

Depois de iniciarem o dia no décimo posto, a dupla Bruno Magalhães/Carlos Magalhães obteve hoje a quinta posição final no Rali de Itália-Sardenha, uma classificação que lhes permite ascender ao quarto posto do campeonato.
Depois do 15º lugar que chegaram a ocupar durante o dia de ontem, devido a problemas de suspensão e de travões, os tricampeões portugueses recuperaram até ao quinto posto final e ascenderam ao quarto lugar do Campeonato de Pilotos do IRC, recuperando segundos atrás de segundos aos seus adversários.
O programa de hoje incluiu duas passagens pelas especiais "Coiluna", "Terranova" e "Monte Olia", verdadeiros clássicos da versão WRC desta prova mediterrânica. 106,5 km de traçado mais difícil e imprevisto do que no primeiro dia, com zonas muito velozes e mudanças de ritmo, às quais há que somar o esforço homérico exigido às suspensões de todos os carros. Os pilotos foram unânimes a reconhecer que "eram frequentes os locais onde o mais pequeno erro se pagava caro", e com efeito menos de metade dos pilotos que alinharam no rali conseguiu chegar ao fim.
Numa toada de recuperação, a formação com as cores portuguesas lutou para subir o máximo na classificação e assim amealhar preciosos pontos no campeonato. Mais uma vez num terreno desconhecido, Bruno Magalhães melhorou nas segundas passagens pelas classificativas, retirando 40,3 segundos ao seu crono na PEC 10 - "Coiluna I", 4,6 segundos na PEC 12 - "Terranova I" e 7,2 segundos na PEC 13 - "Monte Olia".
Após a segunda especial do dia, o piloto nacional ultrapassou os italianos Daniele Batistini (207 Super 2000) e Luigi Ricci (Subaru Impreza N14) e subiu a 8º. Na PEC seguinte, com as desistências de Kris Meeke (Peugeot 207 Super 2000) e de Per Gunnar Andersson (Mitsubishi Evo X), Magalhães trepou mais dois lugares.
Bruno Magalhães: "Foi uma manhã complicadíssima, a abrir a estrada neste piso tão escorregadio e tão traiçoeiro, mas o resultado a meio da etapa é muito positivo. Subimos alguns lugares por mérito próprio e outros pelas desistências de pilotos que iam à nossa frente."
Apesar de difícil, o 5º lugar estava ao alcance do português, que tinha 41,4 km (três classificativas) para recuperar 50,5 segundos a Teemu Arminen (Subaru Impreza), de forma a entrar no 'top 5' e alcançar pela terceira vez o seu melhor resultado no IRC.
Com o Peugeot 207 Super 2000 em condições perfeitas, Bruno Magalhães e Carlos Magalhães foram atrás desse objectivo e chegaram à entrada para o último troço da prova, com 14,12 km, a apenas 7,5 segundos de figurarem entre os cinco melhores pilotos do Rally da Sardegna. A equipa da Peugeot Sport Portugal foi mais forte e fez um crono 24 segundos melhor do que o seu adversário, terminando o rali na quinta posição, com 2h38m54,4 segundos.
Bruno Magalhães: "Um rali muito difícil, sobretudo pela concorrência de nível superior. Claro que é duro começar uma prova a perder cinco minutos... nessas alturas é muito complicado gerir as emoções e recuperar o ritmo, mas fomos o mais longe que pudemos. Se me perguntassem antes do rali se considerava positivo chegar ao final da prova, com esta concorrência, em 5º lugar, teria respondido que seria excelente. Claro que é pena os problemas que tivemos ontem, mas temos o sentimento de dever cumprido."

Carlos Barros, Director da Peugeot Sport Portugal: "A uma etapa de ontem muito difícil, hoje seguiu-se um dia positivo porque acabar em 5º é um óptimo resultado, tendo em conta esta concorrência. O importante é que o Bruno e o Carlos chegaram ao fim num rali tão duro e sem terem um único deslize, quando mais de metade dos pilotos abandonou. Com cinco provas realizadas, a equipa acabou e pontuou em todas elas. Estamos muito satisfeitos por isso e pelo nosso quarto lugar no campeonato."


NUNO DINIS
ZÉ CARLOS FERREIRA

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