Breves Vodafone Rally Portugal



Equipas iniciam a prospecção de um bom resultado




Sem terem, para já, de acelerar e andar depressa nas especiais do Vodafone Rally de Portugal, os pilotos, juntamente com os respetivos copilotos, já têm muito trabalho durante o dia de hoje e andam pelos troços. A fase do reconhecimento das classificativas começou com as equipas a terem a oportunidade de definir as notas de quatro troços: Mú, Vascão, Ourique e Loulé.

Os regulamentos dizem que cada equipa só tem a possibilidade de passar duas vezes em cada especial e, por isso, o trabalho realizado durante o dia de hoje e o de amanhã é crucial para a obtenção de um bom resultado na prova.

As condições atmosféricas são boas, isto apesar do céu se apresentar pouco nublado ou limpo em grande parte do Baixo Alentejo e do Algarve, regiões onde se realiza o Vodafone Rally de Portugal, com a previsão aponte para períodos de chuva fraca durante a tarde.


Szczepaniak: “O Rally de Portugal é fantástico”

Maciek Szczepaniak, navegador de Michal Kosciuszko no Mini John Cooper Works WRC da Lotus Team WRC, não é nenhum estreante no Vodafone Rally de Portugal. O polaco conta já com seis presenças naquele que foi por várias vezes considerado o “Melhor Rally do Mundo”, cinco delas à direita do sueco e sabe bem o que tem pela frente ao longo dos próximos dias e dos mais de 380 km cronometrados da prova do ACP.

“O Rally de Portugal é verdadeiramente fantástico; o público português é sempre magnífico, a organização é muito boa e o tempo também, por norma,” começa por afirmar o navegador. “Não competimos em Portugal em 2012, mas estamos mais conscientes que nunca de que temos de estar prontos para qualquer coisa. Só podemos esperar que as condições climatéricas do nosso teste de segunda-feira sejam representativas do que vamos ter durante a prova.”

“Vamos usar uma especial de 4 km e fazer cerca de 100 km no total. Vai ser o nosso primeiro teste em terra esta época, pelo que espero que nos dê muita experiência para o rali. O composto H3 do pneu DMG+2 de terra que usámos no México é a arma de eleição para este evento. Os pisos de terra de Portugal representam um desafio para os nossos pneus DMACK. Contudo, e como sempre, vamos dar o nosso melhor.”

“A curva de aprendizagem é permanente e recolhemos dados úteis ao fazermos comparações entre nós e outros concorrentes também com borrachas DMACK, isto enquanto lutamos por boa posição à geral.”


Equipas cumprem os primeiros reconhecimentos

As equipas inscritas no Vodafone Rally de Portugal cumpriram o primeiro dia de trabalho com os reconhecimentos de quatro das oito classificativas definidas pela organização para a edição deste ano. Tal como ditam os regulamentos, cada formação teve a oportunidade de passar duas vezes em cada troço para tirar as notas que utilizará na competição.
Ao longo desta jornada, as equipas passaram pelas especiais de Mú, com 20,32 quilómetros, Ourique, com 18,32 kms, Vascão, com 25,37kms e Loulé, que tem uma extensão de 22,78 kms. Por regra, cada equipa esteve concentrada, durante a primeira passagem por cada classificativa, em definir as notas com a máxima precisão e, na segunda passagem, confirmar se estas estão correctas.
Para Mikko Hirvonen, piloto oficial da equipa Citroën, o dia correu normalmente e o finlandês esteve especialmente concentrado nas novidades, como a especial Loulé, “que é feita no sentido inverso”, afirmou o finlandês. “Estes dois dias são muito importantes. Se queremos lutar pelo triunfo, temos de estar totalmente concentrados durante os reconhecimentos. Sem isso, é impossível alcançar um bom resultado,” concluiu Hirvonen.
Na Volkswagen, que inscreve, pela primeira vez, três pilotos, Sébastien Ogier é o centro das atenções pois não só venceu as últimas duas provas como lidera o campeonato. Contudo, o francês não esteve a 100 por cento. “Não foi um bom dia para nós. Ainda não recuperei. Continuo com uma infecção na garganta”, disse o gaulês que apesar de ter cumprido os reconhecimentos está mais interessado em apresentar-se em excelentes condições de saúde para alcançar a terceira vitória em Portugal.
O seu companheiro de equipa, Andreas Mikkelsen, enalteceu a qualidade dos troços, naquel que será o seu primeiro rali com um Volkswagen Polo WRC. Também em estreia ao volante de um WRC no Vodafone Rally de Portugal, apresenta-se Michal Kosciuzco. O polaco do Mini John Cooper Works tentou adaptar as notas que tinha de 2011, quando correu com um carro do Agrupamento de Produção, para as características de um World Rally Car. “É mais difícil de pilotar porque é muito mais rápido, podemos cortar mais as curvas e ser mais agressivos”, afirmou.
Amanhã continuam os reconhecimentos de mais três classificativas: Santana da Serra, Almodôvar e Silves. Ficará, contudo, a faltar uma especial, que é a de Lisboa. Esta será reconhecida pelas equipas, em carros de golfe, momentos antes da sua realização, na sexta-feira.


NUNO DINIS

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