DAKAR- Balanço 1ª semana Carlos Sousa/Miguel Ramalho





Carlos Sousa e Miguel Ramalho completam a primeira semana do Dakar no 10º lugar 



Cumprindo para já os seus objectivos iniciais, Carlos Sousa e Miguel Ramalho concluíram a primeira semana do Dakar 2013 entre os 10 primeiros classificados da categoria automóvel. 

Com ainda mais uma semana de prova pela frente, a dupla portuguesa da Great Wall Motors admite que será já difícil repetir o 6º lugar do ano passado, mas promete dar o tudo por tudo para subir ainda mais um, dois ou até três lugares na geral antes da chegada a Santiago do Chile, no próximo sábado. Para já faltam ainda vencer mais seis etapas e cerca de 4 mil quilómetros que prometem muitas dificuldades à cada vez mais reduzida caravana deste duro e extenuante rali. 

E ao nono dia, a caravana descansou! Em San Miguel de Tucumán, capital da maior província do noroeste argentino e quinto maior centro urbano do país, Carlos Sousa e os restantes sobreviventes deste Dakar 2013 puderam, enfim, recuperar o fôlego e preparar-se física e psicologicamente para os cerca de 4 mil quilómetros de percurso que faltam vencer até à inédita chegada a Santiago de Chile. 

Cumpridas que estão para já as primeiras oito etapas desta edição, 139 motos, 26 quads, 106 carros e 64 camiões (74,61% dos veículos que largaram de Lima) prosseguem ainda em prova e com tudo ainda em aberto em relação aos vencedores de cada categoria. 

Com apenas 3m14s a separarem os dois primeiros da geral automóvel, o duelo entre Stéphane Peterhansel e Nasser Al-Attiyah está lançado para esta segunda e decisiva semana, de tal forma que ninguém parece querer apontar um favorito, como caso de Carlos Sousa, 10º classificado da geral à chegada a esta jornada de descanso. 
“ Face a tudo o que se passou esta semana, não é fácil arriscar um palpite. Está tudo muito equilibrado e vai ser uma luta intensa até final. De um lado, a maior experiência do Peterhansel e do outro a superior rapidez do Buggy de Al-Attiyha ”.  

Uma coisa parece, no entanto, certa para o piloto português da Great Wall Motors: “Até final, a classificação dos 10 primeiros ainda vai sofrer muitas alterações. Os lugares estão ainda longe de estarem definidos. E claro que espero que esta indefinição possa ainda vir a jogar a nosso favor. Claro que repetir o 6º lugar do ano passado será quase impossível, mas talvez seja ainda possível subir mais um, dois ou três lugares na tabela. Pelo menos, vamos fazer tudo por isso nesta última semana” , prometeu.  Mesmo sem estar a ter uma prova isenta de percalços, Carlos Sousa considera que o balanço desta primeira semana é, ainda assim, “extremamente positivo ” , num Dakar que se está a revelar “muito duro e altamente competitivo pela já espera subida de performance dos buggys em face das alterações regulamentarem que foram este ano impostas pela organização”. 

Sem qualquer evolução no seu SUV Haval e após um ano inteiro sem competir, Carlos Sousa reconhece que “a  primeira  semana  não foi fácil, porque demorámos algum tempo a entrar no ritmo, apanhando logo pela frente as difíceis etapas no deserto peruano. Mas sinto-me muito bem fisicamente e estou bastante motivado para enfrentar as etapas que se seguem. O Miguel (Ramalho), que tem feito um excelente trabalho de navegação até agora, é que está um pouco engripado desde a subida aos Andes. Mas seguramente que vai recuperar e estar em plena forma  já  a  partir de amanhã ” , assegurou.  

O único e verdadeiro susto aconteceu durante a atribulada etapa de ontem, “ quando tivemos que parar várias vezes no percurso para baixar a temperatura do motor. Sabemos agora que o problema terá tido origem numa peça defeituosa que foi já substituída na assistência. Mas essa foi mesmo a exceção, já que o carro tem-se portado muito bem. Temos uma afinação muito equilibrada e apenas podemos lamentar alguma falta de velocidade de ponta nas tiradas mais rápidas. Mas quanto a isso , nada  a  fazer…” . 

Amanhã, a competição está de volta ao Dakar e logo com a especial mais longa desta edição, num total de 593 km cronometrados, num percurso sem areia mas muito técnico, especialmente à passagem por uma zona de floresta, que não será percorrida pelos camiões. Logo, não haverá assistência para os carros em caso de problemas! 


NUNO DINIS

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