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IRC: Prime Yalta Rali começa amanhã
Terreno desconhecido para as equipas Peugeot


O Intercontinental Rally Challenge reúne a reputação, não só, de incorporar provas clássicas, como o Rali de Monte Carlo e a Volta à Córsega, mas também, de trazer novas classificativas de países emergentes, para conquistar novos públicos. Como exemplo, refira-se o Rali de Curitiba, no Brasil, em 2010, ganho por Kris Meeke, no 207 S2000 inscrito pela Peugeot UK. Este ano é a região da Crimeia, na Ucrânia, a ser a novidade, ao receber o Prime Yalta Rali, quarta prova da edição 2011 do IRC.

Nova prova em asfalto

Os Peugeot 207 S2000 ganharam duas – Monte Carlo e Córsega – das três primeiras provas da temporada do IRC.

“Isto prova que o 207 S2000 não perdeu a competitividade no asfalto”, sublinha Frédéric Bertrand, o responsável do Departamento de Competição Clientes da Peugeot Sport. “Na Córsega, em particular, mostrou a sua eficácia nos mais diversos terrenos, fosse o asfalto liso ou apresentasse lombas, quer a aderência fosse grande ou pequena, quer as estradas fossem estreitas ou largas e rápidas, mostrando-se sempre à vontade.”

Esta versatilidade vai ser de importância capital na Ucrânia, onde as especiais são uma novidade para todos os pilotos da Peugeot. “Estamos conscientes das dificuldades que vamos encontrar” continua Frédéric Bertrand. “Algumas especiais são de tipo montanhoso, implicando a passagem por várias serras. O terreno é menos acidentado, mas é também muito sinuoso. Em princípio, o asfalto é liso e a aderência deve ser baixa, mas não é isso que nos vai condicionar.”

A versatilidade do Peugeot 207 S2000

Antes de enfrentar este novo desafio, a Peugeot Sport não teve oportunidade de fazer sessão de testes no local. “Mas não vai ser um contra”, assegura Bertrand Vallat, o engenheiro responsável pelo programa de desenvolvimento do Peugeot 207 S2000. “Temos uma grande experiência em todos os tipos de asfalto e uma enorme quantidade de dados, que nos serão úteis. Na Ucrânia, a minha primeira missão foi passar pelas especiais para ter uma ideia mais precisa das suas características. E ouvimos aquilo que as equipas têm a dizer depois dos reconhecimentos. Em conjunto iremos definir as afinações de base e iremos ajustá-las no ‘shakedown’.”

Um dos pontos mais fortes do Peugeot 207 S2000 é a sua versatilidade. “Temos um catálogo de afinações para os mais diferentes tipos de terreno”, diz Bertrand Vallat. “Mas o mais importante são as evoluções que fizemos na suspensão, antes das Canárias e da Córsega, que visam permitir aos pilotos mantê-las em todas as circunstâncias. O caso do Thierry Neuville, na Córsega, é disso um exemplo. O tipo de especiais mudava todos os dias, mas o Thierry não alterou as afinações e acabou por ganhar…”


Neuville/Gilsoul chefes de fila da Peugeot

Como consequência da vitória na Córsega, o Peugeot da Bélgica-Luxemburgo está no segundo lugar do IRC. “Não tenho qualquer razão para me entusiasmar”, diz Thierry Neuville. “Encaro esta prova como todas as outras do IRC, o que quer dizer com confiança, sem me precipitar. Depois dos recentes testes, sinto-me à vontade ao volante do meu 207 S2000. Com os reconhecimentos limitados a duas passagens, é importante ter boas notas e ajudar os engenheiros, descrevendo-lhes as especiais, com a maior precisão possível”.

A segunda equipa da Peugeot, no IRC, é composta por Bryan Bouffier e Xavier Panseri neste momento na quinta posição no Campeonato. “Depois do abandono na Córsega, só tenho uma opção: marcar o maior número de pontos na Ucrânia”, reconhece o piloto da Peugeot França. “E não vejo razão para que isso não seja possível, porque fui competitivo na última prova. A prova deste fim-de-semana é nova, o que faz com que seja importante trabalhar bem nos reconhecimentos”.

Guy Wilks e Phil Pugh estão atrás da dupla francesa, no IRC. “Continuo a penalizar-me pelo despiste na Córsega, de que fui o único culpado”, reconhece o piloto da Peugeot UK. “Tinha feito o melhor tempo na especial anterior e não tinha necessidade daquilo…O meu 207 S2000 é suficientemente competitivo para ter a necessidade de levá-lo além dos limites”.

Bouffier e Wilks têm de terminar

O quarto Peugeot 207 S2000, que alinha à partida, está nas mãos do italiano Marko Tempestini. “A qualidade é mais importante que a quantidade”, assinala Frédéric Bertrand. “O mais importante para Guy Wilks e Bryan Bouffier é estarem no final. Estiveram competitivos na Córsega, pelo que só têm razões para estarem optimistas este fim-de-semana. Mas temos, também, de contar com o Thierry Neuville, que viu o seu estatuto mudar. Daqui em diante figurará no lote dos favoritos e nós pensamos que tem capacidade para assumir essa responsabilidade”.
 
 
NUNO DINIS

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