PEUGEOT SPORT



ILMC (5/7) – 6 Horas de Silverstone

13/11 de Setembro de 2011



VITÓRIA DA PEUGEOT


Ao volante do Peugeot 908 n.º 7, Sébastien Bourdais e Simon Pagenaud aliaram rapidez, regularidade e fiabilidade, factores que os levaram a vencer as 6 Horas de Silverstone, tal como as provas anteriores, cumpridas a um ritmo elevado. É a terceira vitória da época para o Team Peugeot Total, o que conjugado com o oitavo lugar de Fracnk Montagny e Stéphane Sarrazin (Peugeot n. 8) aproximou, ainda mais a Peugeot do segundo título consecutivo de construtores.


Terceira vitória do Peugeot 908

A Peugeot cumpriu o seu objectivo em Silverstone com a terceira vitória no ILMC, depois de ter assegurado a terceira “pole position” da temporada, o que demonstra, uma vez mais, o alto desempenho dos Peugeot 908.

Num circuito rápido e com 48 carros em pista, era importantíssimo evitar o mais pequeno incidente, para poder ter os dois carros à chegada, primeiro objectivo do Team Peugeot Total. Infelizmente, logo no início da corrida, as esperanças do Peugeot n.º 8 esfumaram-se, quando Franck Montagny tocou num retardatário, antes de entrar nas “boxes” para mudar o triângulo superior dianteiro esquerdo, com o carro a ficar retido na escapatória, tendo levado muito tempo a sair da situação difícil em que se encontrava, por ter ficado “enterrado” na gravilha. A equipa reagiu, da melhor maneira possível, e o atraso saldou-se em nove voltas, o que obrigou Montagny e Sarrazin a uma corrida de recuperação, que os levou ao oitavo lugar.

Por sua vez, Sébastien Bourdais e Simon Pagenaud não se deixaram impressionar pelos seus concorrentes directos. Sem cometerem o menor erro, os dois pilotos limitaram-se a passar pelas “Boxes” para mudar de pneus e reabastecer. Fiáveis e rápidos, Bourdais e Pagenaud impuseram-se no final de um “sprint” que durou seis horas.

«É uma bela vitória», afirmou Olivier Quesnel, director da Peugeot Sport. «Uma vez mais, tivemos os dois carros à chegada e somámos mais dois pontos do que o nosso principal adversário. Sublinho que a Peugeot ganhou em Sebring e em Spa, acabou em 2.º, 3.º e 4.º nas 24 Horas de Le Mans, fez a “dobradinha” em Imola e venceu, de novo, aqui, em Silverstone. Temos de terminar bem em Road Atlanta e Zhuhai, mas está a ser uma bela época, com um carro novo, que nunca desistiu, desde que começou a competir».



Primeira hora movimentada

Colocado na “pole”, Sébastien Bourdais controlou os 48 carros no momento da partida, com o Peugeot n.º 7 a partir na frente, seguido por Allan McNisch (Audi n.º 2), Franck Montagny (Peugeot n.º 8) e Timo Bernhard (Audi n.º 1). Os quatro pilotos rodavam com um ritmo semelhante e ao fim de 10 minutos começavam a dobrar os pilotos mais lentos. Foi nessa altura que Allan McNisch desferiu o primeiro ataque e ascendeu ao comando. Sébastien Bourdais foi o único que se manteve perto para poder aproveitar a mais pequena oportunidade para voltar ao primeiro lugar. O “sprint” estava lançado, mas com menos de meia hora de corrida, Franck Montangy “tocou” num adversário, bateu no muro de pneus e ficou parado na gravilha. O piloto conseguiu sair da situação difícil em que se encontrava e levar o carro até à “box”, mas perdeu nove voltas até poder voltar à pista.
Na frente, Sébastien Bourdais não baixava os braços na tentativa de regressar ao comando, com os três primeiros a manterem-se juntos, até que foi a vez do Audi n.º 2 “tocar” num concorrente mais lento. A situação obrigou à entrada em pista do “safey car”, com Sébastien Bourdais a aproveitar a ocasião para reabastecer e permanecer no comando. Mas Timo Bernhard chegou a estar na frente, antes que Sébastien Bourdais o voltasse a ultrapassar. A batalha era dura, mas a vantagem era do piloto francês.

Peugeot adopta um bom ritmo

Na frente, Sébastien Bourdais foi pouco a pouco aumentando a vantagem e, no momento de passar o volante a Simon Pagenaud, o Peugeot n.º 7 tinha 37 s. de avanço sobre o seu mais directo perseguidor, que reabasteceu na mesma volta. «Foi um começo, com um ritmo mais perto de uma corrida de “spint” do que de resistência», analisou Sébastien Bourdais. «Havia óleo na pista, à partida, o que era um perigo e estive quase a despistar-me quando o McNicsh me passou. Ela baixou de ritmo e eu aproveitei. Depois da saída do “safety car”, fiquei em luta com o Timo Bernahrd. Atacámo-nos várias vezes, em função da intensidade do tráfego, pelo que foi um turno com muita acção!».
Simon Pagenaud prosseguiu o trabalho de Bourdais, mas o substituto de Anthony Davidson foi perdendo terreno para o seu principal adversário. A meio da corrida, Simon Pagenaud estava na frente, com Stéphane Sarrazin (15.º) a recuperar posições ao volante do Peugeot n.º 8.
Cerca das 3h30 de corrida, os dois carros da frente param ao mesmo tempo, com o Audi n.º 1 a regressar à pista com cerca de cinco segundos de avanço do Peugeot n.º 7, de novo conduzido por Sébastien Bourdais. Os dois carros da frente cumpriam turnos iguais (26 voltas) e a indecisão manteve durante mais uma hora, altura em que o Audi n.º 1 parou na “box” para uma intervenção técnica, o que permitiu que a 1h45 do final, o Peugeot n.º 7 tivesse uma vantagem de 1’31” de avanço sobre o Audi n.º 1.

Final limpo

Sébastien Bourdais fez a melhor volta da corrida, Simon Pagenaud adoptou um ritmo regular e manteve uma tremenda eficácia até à chegada, passado ao lado de todos os problemas. Simon Pagenaud acabou por assegurar o terceiro do Peugeot 908, juntando a vitória em Silverstone às alcançadas em Spa e Imola.
O final da corrida também foi positivo para o Peugeot n.º 8. Stéphane Sarrazin e Franck Montagy adoptaram um ritmo elevado, o que lhes permitiu recuperar até ao oitavo lugar, sinónimo de pontos importantes para a Peugeot, em termos de construtores.



Próxima prova: Petit Le Mans (USA)



A próxima prova, sexta e penúltima do ILMC, terá lugar no circuito de Road Atlanta (Georgia – USA), onde a Peugeot estará presente com três carros

As equipas dos dois Peugeot 908 oficiais serão assim compostas:

N.º 7: Anthony DAVIDSON – Sébastien BOURDAIS – Simon PAGENAUD

N.º 8: Fracnk MONTAGNY – Stéphane SARRAZIN – Alexander WURZ

O Peugeot 908 HDi FAP do Team Oreca Matmut será guiado por Nicolas LAPIERRE, o piloto habitual, e pelos dois oficiais, Nicolas MINASSIAN e Marc GENE.



O que eles disseram

Bruno Famim, Director Técnico da Peugeot Sport: «A oposição foi intensa no início da corrida tal como esperávamos. Os incidentes de corrida tiveram importância, como é normal, quando a luta é intensa. A vitória foi construída nos testes privados, que fizemos no verão, e em particular graças ao trabalho que fizemos com a Michelin. Com excepção do “warm up”, terminámos as várias sessões de treino na frente. Temos um carro competitivo que os nossos pilotos sabem explorar. A corrida foi muito emotiva, as diferenças são pequenas, mas conseguimos aumentar a nossa vantagem no campeonato, cuja conquista é o nosso objectivo».

Sébastien Bourdais, Peugeot 908 n.º 7: «É a minha segunda vitória do ano, depois da alcançada em Imola. Fizemos uma bela corrida, que foi muito difícil e disputada. Não cometemos o mais pequeno erro ao contrário dos nossos adversários. É uma vitória da equipa, porque trabalhamos em conjunto. Ataquei quando foi preciso e o Simon cumprir, na perfeição, o seu papel».

Simon Pagenaud, Peugeot 908 n.º 7: «Foi um fim-de-semana perfeito para a Peugeot, com “pole position” e vitória. Todos os objectivos foram alcançados. Há dias em que não sabia que era capaz de guiar assim, o que provoa um sentimento especial, tanto mais que não conhecia o circuito. Pensei no Anthony Davidson, porque esta é a “sua” corrida, que esteve cá a aconselhar-me. Devemos esta vitória a toda a equipa e aos patrocinadores, porque os pilotos, que são os últimos elementos da cadeia, só têm que terminar o trabalho, como sucedeu hoje».

Stéphane Sarrazin, Peugeot n.º 8: «Depois do incidente no início da corrida, tivemos de atacar para recuperar posições e marcar pontos. O Peugeot 908 demonstrou, uma vez mais, a sua competitividade e ganhou, pelo que o balanço global é positivo».

Franck Montangy, Peugeot 908 n.º 8: «A Peugeot ganhou e isso é que é importante. O “toque” que tive, com um Formula Le Mans, podia ter tido consequências mais graves, mas a equipa conseguiu reparar os estragos e, depois, nós mantivemos um ritmo de ataque para ir ganhando lugares»



NUNO DINIS

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