WRC - RALLYE DE PORTUGAL



Reconhecimentos: mais do que guiar no campo




Enquanto muitos pensam que os reconhecimentos são essenciais para as equipas tirarem e corrigirem as notas, outros consideram que esse esforço aumenta a segurança e que o mesmo deve ser feito de acordo com as regras em vigor.

De acordo com a regulamentação, os concorrentes só podem efecutar duas passagens em cada classificativa. Mas numa prova como o Vodafone Rally de Portugal, em que cada uma delas é percorrida por duas vezes, uma de manhã e outra à tarde, isto não implica que sejam permitidas quatro passagens de reconhecimento, uma vez que o percurso é o mesmo.

Fazer com que todos os carros passem na mesma classificativa ao mesmo tempo é impossível e por isso a organização divide os concorrentes em dois grupos e dá a cada um deles um horário para o reconhecimento das provas de classificação. Um, o vermelho, integra os pilotos classificados como P1, P2 e do SWRC, o outro, o verde, os pilotos classificados como P3 e todos os outros. Cada grupo tem duas horas para percorrer uma determinada especial, com o grupo verde a passar a seguir ao grupo vermelho, pelo que os dois grupos nunca estão na mesma especial ao mesmo tempo.

Há controladores à entrada e à saída das especiais, que registam a passagem dos carros, para garantirem que nenhuma equipa faz mais de duas passagens na classificativa. No final da primeira passagem, as equipas utilizam um “road-book” especifico que as leva pelo caminho mais curto ao início dessa mesma especial, para cumprir a segunda passagem de reconhecimento, antes de rumarem à prova de classificação seguinte.

Durante os reconhecimentos as estradas estão abertas ao trânsito, sendo a velocidade máxima permitida de 90 km/h, o que é monitorizado pela telemetria no caso dos pilotos classificados como P1, P2 e P3 e mais alguns escolhidos, aleatoriamente, pela organização, com as autoridades locais a colaborarem com a organização.

Por se tratar de estradas abertas á circulação, a Policia controla, apenas, os locais onde podem ocorrer engarrafamentos, para manter a fluidez do tráfego e garantir a segurança do público e dos concorrentes.

Poder-se-ia pensar que a população está contra os reconhecimentos, mas isso não é verdade. Os portugueses são, talvez, os mais apaixonados adeptos dos ralis e o facto de os reconhecimentos serem divulgados, bem como a passagem da prova faz com que se preparem, com tempo, para um fim-de-semana de acção.





NUNO DINIS

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