CAMPEONATO REGIONAL RALLYES - MADEIRA


MIGUEL NUNES MOSTRA AS SUAS "GARRAS"

Foi um rali impróprio para cardíacos, um daqueles que só deixa boas perspectivas para o restante campeonato. Se a vantagem ao início deste segundo dia era favorável a Vítor Sá, a resposta de Miguel Nunes não demorou muito a chegar. Com uma vitória logo na primeira especial do dia por 1,3 segundos, o piloto do Team de Ralis do CD Nacional apoderava-se da primeira posição e iria começar um “rali de loucos”. Com apenas 3 décimas de vantagem para o pluricampeão madeirense e com 3 especiais ainda por disputar, Miguel Nunes e Victor Calado não teriam a sua tarefa facilitada e ao final da primeira passagem pela Ponta do Pargo viria-se a saber o porquê: Vítor Sá vencia a especial e voltava a dar o “salto” para o primeiro lugar. A duas especiais do fim uma coisa era óbvia: não se poderia avançar com um nome para a vitória da prova e apenas no final dessas duas especiais é que se poderia saber quem seria o vencedor. Na quarta, e última, passagem pelo Paul voltava-se a repetir a história com a vitória de Nunes e os 1,4s arrecadados na penúltima especial colocavam toda, ou quase toda a pressão do lado de Sá. O que ainda não se sabia era que na ligação para a última especial o piloto da Sá Competições viria a sentir problemas com a falta de combustível e, apesar de ainda ter arrancado para a última especial, viria a entregar a caderneta após 600 metros de especial disputados. No segundo posto, e a 59,5, António Nunes completou a dobradinha, arrecadando ainda mais uma vitória para a produção. Realizando uma prova ao seu melhor ritmo, Nunes voltou a superiorizar-se à demais concorrência e apenas um mau registo na última especial do dia poderia ter deitado a vitória por terra. Num terceiro posto que deverá ter sabido mesmo a vitória, Rui Pinto mostrou que o Mitsubishi Lancer Evolution IX ainda é carro para o seu irmão mais velho e o segundo posto ficou a apenas 2,2 segundos de distância. Quarto posto para o último dos tradicionais grupo N e campeão em título, João Magalhães, que não teve no Rali da Calheta o seu melhor rali. Apesar de ainda ter dado mostra de um andamento forte nas duas últimas especiais da prova, Magalhães não conseguiu defender-se de um Pinto que deu-se bem com o dia de sábado e teve mesmo que se contentar com esta posição. Samir Sousa, que venceu a Júnior e a S1600, terminou a prova organizada pelo Club Sports Madeira no quinto posto da geral. Se Jõao Silva ainda rodou na frente do piloto natural do Porto Santo, muito por culpa de uns travões que não colaboravam com Samir, a última especial viria a entregar definitivamente a vitória ao piloto do Renault Clio S1600 graças à ligeira saída de estrada que danificava a direcção da viatura de Silva. Sexta posição para Luís Serrado que começa a entender-se com o Peugeot 206 S1600 e, se a desvantagem ao início do dia era de 5 décimas para Duarte Ramos, viria a terminar na frente do piloto que tripula viatura idêntica com 10,4 segundos de avanço. Oitava posto para o primeiro dos C2 e vencedor do Troféu Engenheiro Rafael Costa, Wilson Aguiar que voltou a andar demasiado depressa para os seus adversários. Demonstrando um andamento fortíssimo, o jovem piloto ainda teve tempo para uma distracção à saída para a última especial, arrancando quando já passavam 10 segundos depois do seu tempo, vencendo ainda assim o rali com uma vantagem de 6,7 segundos para João Ferreira, nono da geral. Incapaz de acompanhar o ritmo de Aguiar, Ferreira voltou a repetir o segundo posto na sua competição terminando com 19 segundos de avanço para Bruno Coelho, 10º classificado da geral. Por entre as senhoras, Isabel Ramos venceu descansada, Rui Jorge Fernandes levou a melhor por entre os Saxo’s, enquanto que Bruno Fernandes venceu a competição dedicada aos Toyota Yaris. No Open foi Gabriel Fernandes que venceu após o despiste de Miguel Andrade e problemas mecânicos de Vasco Nóbrega.






NUNO DINIS

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