PROVA ATÍPICA COM VENCEDOR…INESPERADO
Chegou ao fim a edição de 2012 do WRC Vodafone Rally de Portugal mas que desta vez não teve a espetacularidade e emoção dos últimos anos.
Se na semana anterior o espetáculo e emoção estiverem de mãos dadas no WRC Fafe Rally Sprint o mesmo não de pode dizer da prova portuguesa do WRC e que foi para a estrada entre 28 Março e 1 de Abril de 2012.
O Automóvel Clube de Portugal montou uma prova com algumas novidades como é o caso do regresso dos troços noturnos ( Gomes Aires, Santa Clara e Ourique ), assim como o regresso do troços à zona de Tavira e ainda um novo troço para a Power Stage denominada Sambro e com a extensão de pouco mais de 5 kms.
A prova portuguesa iniciou-se com a Qualifying Stage onde os pilotos iriam poder escolher a ordem de partida para a primeira etapa do Rally de Portugal sendo que Citroen e Ford optaram por estratégicas diferentes. A marca gaulesa optou por colocar os dois carros a sair na frente ( Hirvonen primeiro e depois Loeb) enquanto que a Ford fez precisamente contrário com Solberg e Latvala a saírem da 16ª e 17ª posições respectivamente.
As ruas de Lisboa voltaram a servir de ponto de partida para mais uma edição do Rallye de Portugal e onde nas ruas da zona de Belém se concentraram milhares de espectadores que quiseram presenciar os pilotos no arranque do rallye.
Ao final do dia chegavam as especiais noturnas e logo ai com imensas surpresas. O primeiro a ter problemas foi o Mini de Dani Sordo que devido a um problema elétrico ficou sem luzes no seu carro percorrendo a especial quase toda as escuras. Também o português teve problemas pois saiu de estrada devido a um problema com uma nota ditada pelo navegador o que o fez perder bastante tempo para retomar o troço.
A maior surpresa das especiais noturnas veio da parte do campeão do mundo, Sebastian Loeb que após um topo cego saiu de estrada pois pensou que navegador se tinha enganado a ditar a nota, o que o fez sair de estrada e capotar danificando o rollbar, não podendo entrar na prova em Super Rallye.
Na segunda etapa, com seis especiais todas elas percorridas na zona de Tavira (Tavira, Alcaria e S. Brás Alportel) veio a hecatombe geral com muitas desistências e um autentico dilúvio que assolou o Algarve e que tivesse levado ao cancelamento das três especiais da parte da tarde por questões de segurança, sendo esta uma decisão que veio em muito beneficiar a Ford porque só nesta etapa perdeu Latvala, Solberg e Tanak todos por saídas de estrada mas que voltariam no dia seguinte em Rallye 2. Foi uma etapa muito complicada para pilotos e equipas assim como para a estrutura do ACP que se viu a braços com situações inesperadas. A figura desta etapa foi sem dúvida o espanhol da Mini, Dani Sordo que recuperou da 42ª posição até à 15ª posição recuperando bastante terreno mesmo em condições muito difíceis.
Na etapa seguinte e já com melhores condições climatéricas os pilotos deslocaram-se até à zona do Baixo Alentejo para disputarem as seis especiais do dia, Almodôvar, Vascão e Loulé, contando esta etapa com os regressados ao abrigo de Rally 2, Latvala, Solberg, Tanak e Neuville sendo o destaque desta etapa para o norueguês da Ford que andou rapidíssimo e conseguindo recuperar terreno coisa que já não aconteceu com Latvala.
Nesta etapa o português Armindo Araújo foi forçado a abandonar com problemas na suspensão do seu Mini voltando à prova na última etapa em rallye 2.
A quarta e última etapa era das mais longas do rallye, com mais de 100 kms de troços percorridos na zona de Santana da Serra e onde se incluía a Power Stage.
Os troços de Silves, Santana da Serra e Sambro eram percorridas por duas vezes nesta etapa e onde mais uma vez as condições climatéricas resolveram dar um ar da sua graça pois se de manha ate esta um dia sem chuva já não se poderá dizer o mesmo das segundas passagens o que dificultou em muito a tarefa dos pilotos e maquinas. Solberg foi um piloto que atacou imenso e por isso conseguiu ainda chegar a um terceiro posto.
No que toca aos portugueses Pedro Meireles foi o vencedor do Campeonato Rallyes de Portugal numa prova recheada de muitos problemas mas que mesmo assim fez com que a dupla Pedro Meireles e Mário Castro se sagrassem vencedores e onde o Campeão Nacional Ricardo Moura teve imensos problemas durante a prova e que o levaram a abandonar prematuramente.
A vitória coube à dupla da Citroen, Mikko Hirvonnen e Jarmo Lehtinen secundados por Mads Osdberg em Ford e pelo russo Novikov também em Ford. Armindo Araujo e Miguel Ramalho terminaram o rallye na 15ª posição.
Classificação suspensa pelo apelo da Citroën
Mikko Hirvonen e Jarmo Lehtinen foram desclassificados desta edição do Vodafone Rally de Portugal, depois de terem concluído a prova na primeira posição no final das 22 classificativas.
A decisão dos Comissários Desportivos surgiu na sequência do relatório apresentado pelos Comissários Técnicos que detetaram situações não conformes com a ficha de homologação do Citroen DS 3 WRC. O teor do comunicado dos Comissários Desportivos é o seguinte:
«Os comissários após a sua reunião decidiram:
1. Que a embraiagem montada no carro nº 2 não está em conformidade com a Ficha de Homologação A5733 e por isso excluem o carro nº 2 da classificação do evento.
O vencedor- Mads Osdteberg/Jonas Andersson Ford Fiesta WRC
2º Classificado: Evgeny Novikov/ Denis Giraudet Ford Fiesta WRC
3º Classificado- Petter Solberg/Chris Patterson Ford Fiesta WRC
NUNO DINIS
PHOTOS: NUNO DINIS PHOTOS
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