IRC - RALLYE DE MONTECARLO



BRUNO MAGALHÃES ABANDONOU

QUANDO ESTAVA EM NONO


A quarta e última especial do primeiro dia do Rali de Monte Carlo marcou o fim da prova para Bruno Magalhães/Paulo Grave (Peugeot 207 S2000), em consequência de uma saída de estrada, quando ocupavam o nono lugar da classificação geral.
Nesta segunda passagem pela mítica prova monegasca, a equipa da Peugeot Sport Portugal partiu com o objectivo de terminar nos lugares pontuáveis, ou seja nos 10 primeiros, e, num rali com três etapas, tudo estava a correr de acordo com o previsto, já que Bruno Magalhães manteve-se no “top ten”, alternando entre o nono e o décimo lugares da geral.
Para Bruno Magalhães, “Estávamos a ganhar ritmo e a andar cada vez mais depressa, quando numa zona rápida, onde íamos em sexta velocidade, o carro derrapou de traseira. A zona era muito complicada, ainda consegui recuperá-lo, mas acabámos por bater numa ponte e fomos projectados para fora de estrada.”
A equipa portuguesa foi uma das 27 que hoje ficou pelo caminho, sete das quais por despiste, o que mostra bem as dificuldades da prova monegasca, onde a escolha de pneus tem particular importância, como Bruno Magalhães reconheceu: “Na fase inicial da primeira classificativa tive de andar mais devagar, por os pneus serem demasiado duros e demorarem a aquecer; na segunda e terceira classificativas tivemos o problema contrário porque o piso estava seco e os pneus eram demasiado macios, o que tornava o carro instável”.
Na quarta especial do dia, a escolha foi acertada, mas faltou sorte ao piloto português.
E foi mais uma vez nos pneus que tudo se decidiu na primeira etapa da prova. Os pilotos da Peugeot fizeram basicamente as mesmas escolhas, não tendo as opções mais acertadas, ao contrário dos seus mais directos adversários da Skoda, que terminam o primeiro dia do rali nos dois primeiros lugares.
Petter Solberg (Peugeot 207 S2000) acabou a etapa em terceiro e é o melhor dos pilotos da marca do leão.
Na primeira classificativa (Le Moulinon – Antraigues, 36,87 km), a Peugeot colocou três carros nos quatro primeiros lugares, com Stéphane Sarrazin a ser o mais rápido, impondo-se por 0,3 segundos a Juho Hanninen (Skoda Fabia S2000), com Guy Wilks (Peugeot 207 S2000) e Bryan Bouffier (Peugeot 207 S2000) a classificarem-se a seguir, mas já a mais de 20 seg. dos dois homens da frente.
Mas no Burzet (41.06 km), a mais longa classificativa da prova, Hanninen ganhou 15,1 seg. a Solberg e “saltou” para o comando, com 35,6 seg. de vantagem sobre Sarrazin.
Finalmente, na dupla passagem por St. Bonnet le Froid (25,22 km), Hanninen e Loix voltaram a impor-se, com Solberg a chegar ao terceiro lugar, com 0,2 seg. de avanço sobre Sarrazin e com a Peugeot a fechar o dia com seis carros nos 10 primeiros lugares.
Apesar da saída da equipa portuguesa do rali, Carlos Barros, o Director da Peugeot Sport Portugal, está determinado: “Neste desporto temos que encarar estas situações com naturalidade. Somos uma equipa solidária e temos que motivar-nos já para a próxima prova. Temos ambições, um projecto para realizar e não é um abandono que vai desmotivar-nos.”

Classificação geral, no final da 1.ª etapa

1.º, Juho Hanninen/Mikko Markkula (Skoda Fabia S2000), 1.11.33,4
2.º, Freddy Loix/Frederic Miclotee (Skoda S2000), a 44,5 s.
3.º, Petter Solberg/Chris Patterson (Peugeot 207 S2000), a 55,3 s.
4.º, Stéphane Sarrazin/Jacques-Julien Renucci (Peugeot 207 S2000), 55,5 s.
5.º, Guy Wilks/Phil Pugh (Peugeot 207 S2000), a 1.18,7
6.º, Jan KopeckyPetr Stary (Skoda Fabia S2000), a 1.26,3
7.º, Bryan Bouffier/Xavier Panseri (Peugeot 207 S2000), a 1.36,2
8.º, François Delecour/Dominique Savignoni (Peugeot 207 S2000), a 1.52,4
9.º, Jean-Sébastien Vigion/Eric Yvernaud (Peugeot 207 S2000), a 3.11,3
10.º Julien Maurin/Olivier Ural (Ford Fiesta S2000), a 3.53,2




NUNO DINIS

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