ARMINDO ARAUJO-PARTE 2




"Estou de cara levantada e limpa neste processo"



O Rali da Finlândia foi o epílogo final de uma longa história que teve o seu início quando Armindo Araújo foi chamado de urgência à Mini, onde lhe foi proposto o projeto de ser piloto oficial da marca no WRC, devido a problemas que existiam com a Prodrive.
Numa conversa que o Ralis Online teve com o piloto, ficou bem evidente o quanto Armindo Araújo (bastante desgastado por esta situação) foi apanhado de surpresa.
A "gota de água" que levou a toda esta situação foi antes do Rali da Finlândia, quando a Motorsport Itália (MSI) não queria que Armindo Araújo fala-se que não tinha testado, sem que fosse dada ao piloto qualquer razão para não ter de facto testado. A partir daí o piloto admite ter-se apercebido de algumas movimentações, que a situação se deteriorou muito entre ele e a MSI, que terminou com a sua substituição.

Mas vamos ao início. Armindo Araújo critica a MSI, logo desde a segunda prova do WRC, de ter investido dinheiro a mais em "Show off", adquirindo meios que poderiam agradar à marca (em termos de imagem, por exemplo), mas que nada traziam em termos práticos, isto é, não garantiam ao piloto mais quilómetros de testes, que era isso que Araújo procurava.
Armindo Araújo admite não ter acompanhado como devia, a partir do momento em que o projeto ganhou forma, a relação entre a Mini e a MSI, mas como tudo estava contratado entre as partes ficou descansado com essa situação.
Inscrito como piloto oficial da Mini no WRC e detentor da licença do WRC Team Mini Portugal (M1), e assumindo que está praticamente tudo pago até final da temporada (por parte dos seus patrocinadores), Armindo Araújo revela que a MSI não pode correr com esse nome no Mundial de Ralis, a não ser com o piloto titular da equipa que é ele. Por essa razão é que a MSI queria que Armindo Araújo aceita-se o tal comunicado dizendo que ele estava em inferioridade física, o que dava à MSI razões para poder correr com outro piloto. "Não poderia nunca aceitar uma coisa daquelas", disse o piloto.
Quando questionado sobre o seu futuro, o piloto diz ainda que neste momento "tenho contrato com a Mini até 31 de Dezembro".
Então qual a razão para a decisão tomada pela MSI? O piloto também não sabe em concreto, admitindo diversos cenários, mas deixa a convicção de que "não poderia entrar em mentiras, nunca o fiz em 13 anos de carreira. Sei que esta situação pode ser prejudicial para a minha carreira, mas estou de cara levantada e limpa neste processo. Agora só me resta aguardar serenamente, pois o caso está entregue aos advogados".
Já foram feitas exposições à FIA, esperando-se por isso que a MSI tenha muito por explicar nos próximos dias. Na Alemanha a MSI está a utilizar o nome da WRC Team Mini Portugal, mas na prática não o poderá estar a fazer.
"Os meus patrocinadores estão comigo neste momento", disse ainda Armindo Araújo, sem dúvida bastante irritado e desgastado com todos estes acontecimentos.


NUNO DINIS
FONTE: Paulo Homem- Ralis Online

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