O Rali de Ypres revelou-se um enorme desafio para a nossa equipa, exactamente como prevíamos. Sabíamos de antemão que este seria um rali muito severo para os estreantes, com condições singulares e completamente diferentes de quaisquer outras a que estivéssemos acostumados noutros ralis de asfalto.
Por ser um rali tão estranho e diferente, onde não faltavam armadilhas, para nós a primeira etapa acabou por substituir os testes. Foi um dia em que tentámos perceber as particularidades dos pisos, ganhar confiança em prova e não perder muito tempo, o que não é fácil num rali tão rápido como este. Confesso que foi complicado encontrar os pontos de referência para travagens e a melhor maneira de entrar nos cruzamentos e nas curvas, porque qualquer erro teria um preço elevado, como se viu com tantas equipas a abandonar.
Após deixarmos para trás muitos quilómetros de prova, ficámos familiarizados com os diferentes tipos de asfalto que tínhamos pela frente e, com a travagem do nosso 207 já bem mais progressiva, entrámos na segunda etapa com um ritmo totalmente diferente. Já com maior confiança, conseguimos sempre imiscuir-nos entre os pilotos mais rápidos, no “top 5”, e recuperámos muito terreno. Confesso que ficámos animados com a nossa performance, e o mais importante é que voltámos a pontuar no IRC, o que neste caso se afigurava muito difícil antes da prova começar.
Foi realmente uma pena a penalização que tivemos, pois poderíamos ter terminado o rali como os melhores estreantes, mas ainda assim o balanço é claramente positivo. Ganhámos mais confiança para os dois ralis portugueses que se seguem e foi uma lição muito útil no nosso percurso de aprendizagem.
Um abraço a todos e até ao Sata Rali dos Açores
Bruno Magalhães
PAULO HOMEM
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