Fontes voa para a vitória no Vidreiro( por Paulo Homem)

Não fosse o troço do Farol e a história Rali Vidreiro de 2014 poderia ter sido desportivamente mais interessante. O tempo ganho por José Pedro Fontes no segundo e nono troço foi praticamente a diferença que o piloto do Porsche alcançou no rali para Ricardo Moura, mas os 36 segundos são bem expressivos sobre a vantagem do carro alemão nos troços de asfalto em piso seco.


Mesmo assim Fontes afirmou que nunca geriu a sua vantagem na prova, tendo sim que gerir o desgaste dos pneus a meio do rali, embora a perda de dois troços não lhe tenha retirado muito tempo, obtendo uma vitória anunciada e de algum modo previsível, mas guiar um Porsche não é para todos e o piloto do Porto sabe aproveitar o carro como poucos.


Refira-se que a navegadora, Inês Ponte, foi a primeira senhora a vencer uma prova no Nacional de Ralis em termos absolutos, e que Fontes venceu pela segunda vez o Vidreiro ao volante de um Porsche (a primeira foi em 2010).


Para quem fez a estreia do Ford Fiesta R5 no asfalto, não se pode dizer que a prestação de Ricardo Moura não tenha sido muito boa. Tirando um pião em Espite, Moura foi o único que venceu troços ao Porsche de Fontes e foi quase sempre o mais rápido dos carros de quatro rodas motrizes.


Pedro Meireles fez também um grande resultado no Rali Vidreiro. Deu a sensação que poderia ter andado um pouco mais depressa em alguns momentos do rali, mas um pião em Espite e o terceiro lugar que ocupava (excelente nas contas do Campeonato que lidera ainda mais destacado), fizeram com que o piloto de Guimarães tivesse acima de tudo uma prestação muito inteligente.


Algum adoentado durante todo o rali, João Barros continua a ter no desconhecimento dos troços o seu maior handicap. Na primeira prova que fez em que o Fiesta R5 não deu qualquer problema, Barros continua a sua evolução e já mostrou que está quase a entrar no ritmo da concorrência.


Com a sorte “normal” dos campeões, Carlos Martins também fez por merecer a vitória entre os carros de quatro rodas motrizes. O Campeão do Open 4×4, andou a lutar com Adruzilo Lopes e no final (último troço) beneficiou de um furo no Subaru do seu adversário para subir ao 5º lugar absoluto.


Também Diogo Salvi beneficiou do furo no Subaru de Adruzilo Lopes para subir ao sexto lugar, numa prova em que mostrou que está já um pouco mais competitivo ao volante do Fiesta R5.


Depois de Adruzilo Lopes que desceu ao 7º lugar ficou o Algarvio Ricardo Teodósio, que finalmente teve um Mitsubishi Lancer em condições e que foi evoluindo ao longo da prova mas ainda se está à espera de um grande resultado deste piloto.


Na luta fictícia das duas rodas motrizes assistiu-se a um grande rali. O piloto do rali foi claramente Ricardo Marques, que esteve imparável e demonstrou um ritmo impressionante ao volante do Peugeot 208 R2, tendo ainda vencido o Grupo RC4.


Paulo Neto também fez uma boa prova, ficando a 7 segundos de Marques, mas conseguiu vencer no Grupo RC3, ficando na frente de Marco Cid e de Armindo Neves.


Nos Clássicos a vitória foi para Joaquim Bernardes no Golf GTi.


Destaque para o facto de ter havido apenas uma desistência nesta prova (Gil Antunes, por despiste).


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Fonte (texto e photo): PAULO HOMEM


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