PEUGEOT SPORT




ILMC (7/7) – 6 Horas de Zhuhai (China) 13 de Novembro de 2011: Corrida





“DOBRADINHA” PARA FECHAR UMA BELA ÉPOCA



A Peugeot terminou a temporada de 2011 em beleza, ao alcançar a sexta vitória, em sete corridas, com quatro “dobradinhas”. Anthony Davidson e Sébastien Bourdais impuseram-se em Zhuhai, diante de Franck Montagny e Stéphane Sarrazin, no final de uma corrida muito renhida, na qual os Peugeot 908 voltaram a demonstrar a qualidade dos seus desempenhos, fiabilidade e resistência. A “dobradinha” na China vem coroar um ano fantástico, mas marcado pela conquista do segundo título do ILMC, pela Peugeot.


UMA VITÓRIA DA ESTRATÉGIA

 Em Zhuhai, na derradeira corrida da temporada de 2011, a estratégia fez a diferença. «Tendo em conta o calor e as condições da pista, adaptámos as nossas escolhas às circunstâncias» explicou Sébastien Bourdais. «Foi por isso que fiz três turnos, entre eles um duplo com o mesmo jogo de pneus. E foi isso que permitiu fazer a diferença para os Audi que eram muito rápidos». Essa audaciosa opção acabou por receber dividendos, porque Sébastien Bourdais e Anthony Davidson alcançaram a segunda vitória do ano, graças à adopção de um ritmo constante. Até ao final desta palpitante corrida, os pilotos do Peugeot n.º 7 conservaram uma ligeira vantagem sobre Stéphane Sarrazin e Franck Montagny. A rodarem ao mesmo ritmo, os dois Peugeot geriram a vantagem na fase final da corrida e aumentaram, de forma progressiva, o seu avanço sobre os perseguidores.


A GESTÃO DO TRÁFEGO E DO DESGASTE DOS PNEUS FOI A CHAVE DO SUCESSO



A exemplo do que sucedeu ao longo do ano, a gestão do tráfego foi, uma vez mais, a chave do sucesso, bem como a da utilização dos pneus. A experiência dos pilotos da Peugeot fez a diferença nesse capítulo, que é decisivo nas corridas de resistência. No sinuoso traçado de Zhuhai eles estiveram, de novo, ao mais alto nível.


SUCESSO TOTAL PARA OS PEUGEOT 908



Estreado no início da época, o Peugeot celebrou, hoje, a sexta vitória em sete corridas. A fiabilidade exemplar, traduzida num único abandono, esta temporada, a que se juntaram o baixo consumo de combustível e de desgaste dos pneus foram a chave do sucesso. «Hoje, a vitória foi-se desenhando ao longo da corrida», lembrou Bruno Famin, director técnico da Peugeot Sport. «O nosso adversário partiu muito rápido, mas nós mantivemos a estratégia adoptada, em particular no que diz respeito à escolha de pneus. Ganhar, aqui, era o segundo objectivo da temporada para a Peugeot, porque o impacto económico, deste resultado, é importante para a marca, no mercado chinês. E fizemo-lo de um modo significativo já que para além da “dobradinha”, tivemos uma primeira linha 100% Peugeot e fizemos a melhor volta da corrida. Este ano, ganhámos seis das sete corridas efectuadas. Todas elas foram emotivas e intensas. Do ponto de vista técnico tivemos um pequeno problema no Petit Le Mans, que depressa foi analisado e teve a reacção consequente. Foi uma bela temporada que terminou hoje».

A ÉPOCA DE PEUGEOT EM NÚMEROS

7 corridas 5 “pole positions” 1 primeira linha 100% Peugeot 6 vitórias 4 “dobradinhas” 13 pódios 7 melhores voltas 2 títulos do ILMC (construtores e equipas) 1 desistência


O FILME CORRIDA COMEÇO EM RITMO DE “SPRINT”

A corrida começou num ritmo infernal, com Sébastien Bourdais, que largou da “pole position”, a conservar o comando, enquanto Franck Montagny perdia duas posições, logo na primeira volta, ao ser ultrapassado pelos dois Audi. Os quatro primeiros, Sébastien Bourdias, Allan McNisch Timo Bernhard e Franck Montagny rodavam ao mesmo ritmo. Ao fim de 10 minutos os primeiros retardatários estavam ser “dobrados”. Prejudicado pelo tráfego, Sèbastien Bourdais perdeu três lugares e caiu para quarto. A primeira paragem nas “boxes” fez alterar a classificação. O Audi n.º 1 optou por um segundo turno como o mesmo jogo de pneus, enquanto do lado da Peugeot foi decidido trocar os pneus nos dois carros. O alemão partiu na regressou à pista no comando, com cerca de 20 s. de avanço sobre Franck Montgny e Sébastien Bourdais. Por sua vez, Allan McNish perdeu uma volta, em consequência de uma paragem provocada por um contacto com outro carro.


ESTRATÉGIAS DIFERENTES

A corrida entrou no seu ritmo com um trio reagrupado na frente, com o Audi n.º 1, diante dos dois Peugeot. Vendo que Sébastien Bourdais estava a aumentar o andamento, Franck Montagny deixou passar o seu colega de equipa, antes da segunda paragem para reabastecimento. E foi aí que surgiram estratégias diferentes. No Peugeot n.º 8 Stéphane Sarrazin rendeu Franck Montagny, enquanto Sébastien Bourdais só reabastecia e cumpria um terceiro turno, o segundo com o mesmo jogo de pneus, o que o colocou no comando com cerca de 15 s. de avanço sobre o Audi n.º 1 pilotado por Marcel Fassler. A classificação ia sofrendo alterações em função das paragens nas “boxes”. No final do seu segundo turno Marcel Fassler estava na dianteira à frente de Stéphane Sarrazin, enquanto Anthony Davidson passava a ocupar o “cockpit” do Peugeot n.º 7. A meio da corrida, os Peugeot, que faziam turnos mais longos do que os dos seus adversários, aumentaram o ritmo. À vontade no tráfego Stéphane Sarrazin ultrapassou o suíço à 113.ª volta. Duas voltas mais tarde foi a vez de Anthony Davidson fazer o mesmo, com o inglês a só precisar de algumas voltas para se colar a Stéphane Sarrazin. Anthony Davidson ascenderia ao comando, às 13.56, momentos antes de Stéphane Sarrazin ter entrado das “boxes” para ceder o volante a Franck Montagny.


CORRIDA LIMPA ATÉ À BANDEIRA DE XADREZ

Ao longo do seu segundo turno Anthony Davidson conseguiu construir um avanço, tão grande, que permitiu a Stéphane Bourdais regressar à corrida na frente, depois da quinta passagem do Peugeot n.º 7 pelas “boxes”. Separados por escassos segundos, foi nas ultrapassagens aos retardatários que o Peugeot n.º 8 perdeu o contacto com o carro da frente. Ao fim de 249 voltas, Sébastien Bourdais e Anthony Davidson foram os primeiros a ver a bandeira de xadrez, à frente de Franck Montagny e Stéphane Sarrazin oferecendo mais uma “dobradinha à Peugeot.

 
 
O QUE ELES DISSERAM



Sébastien Bourdais, Peugeot 908 n.° 7: «Parti bem, mas fiquei preso no tráfego e os meus adversários aproveitaram. A seguir mudámos de táctica e fizemo-lo, com sucesso. Esta corrida traduziu a imagem da época: Muito discutida de início, mas depois os nossos adversários perderam o contacto, na sequência do que ia sucedendo em pista. A corrida foi mais discutida do que o resultado deixa antever. A “dobradinha” coroa uma bela época e no meu caso é a minha terceira vitória. A equipa foi muito forte ao longo do ano e o lote de pilotos muito homogéneo».

Anthony Davidson, Peugeot 908 n.°7: «Foi uma corrida interessante, emotiva e estratégica. O comportamento do carro foi perfeito. De entrada os pneus não funcionaram bem, mas nós não entrámos em pânico e mudámos, na primeira paragem e o carro passou a ter um comportamento muito mais eficaz. Quanto mais a pista aquecia, mais borracha havia na pista e isso era o melhor que nos podia acontecer. Estamos muito contentes com a época que terminou. Mostrámos em todos os circuitos o alto nível do desempenho do Peugeot 908 e do Team Peugeot Total»

Stéphane Sarrazin, Peugeot 908 n.° 8: «Este fim-de-semana, os meus colegas de equipa foram muito rápidos e nenhum cometeu erros. Demos tudo e toda a equipa fez um excelente trabalho. Foi uma boa época para a Peugeot, coroada como segundo título consecutivo do ILMC e uma segunda vitória seguida na China».

Franck Montagny, Peugeot 908 n.°8: «Estávamos à espera de uma corrida muito discutida, neste traçado. Os quatro carros partiram com opções diferentes de pneus. A nossa não foi a mais conveniente, para mim, no princípio. Estivemos na luta pela vitória até ao meu segundo turno, em que fui prejudicado pelo tráfego, o que nos custou cerca de 15 s., por causa de falsos alertas do “safety car”. Estou feliz com este resultado e muito contente com a época. Provámos que podemos ganhar com outras ideias e tecnologias diferentes das dos nossos adversários».




NUNO DINIS

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